África: Exercício e controlo do poder político-militar

02/05/2025 em Crônica

Compartilhe:
África: Exercício e controlo do poder político-militar

Duas questões de partida num só período gramatical, neste modesto exercício da cidadania africana: Quem exerce e quem controla o poder nos países africanos?

 A verdade universal nesta questão da retórica é que “em cada país há um chefe de Estado máximo” designado presidente  e que representa o estado “soberano” dentro e fora, que assina os acordos, emite os decretos dá posse e faz muitos até para além das competências legislativas… Isto sim, existe! Agora o controlo do poder nos países africanos é uma questão que todos têm direito de saber.

Para perceber quem está no controlo do poder político-militar em África, convém recuar-se e rever cronologia dos factos, após ou antes  da conferência de Berlim, perceber o jogo colonial e neocolonial, as formas das independência e surgimento das organizações mundiais, regionais e locais. Certamente, o continente viveu constantes instabilidade político  e militar, marcado pelos golpes de estado, isto é, consequência de colonização na conhecida tática “dividir para melhor reinar “. Por isso, maioria dos estudiosos  da humanidade em particular, concordaram que os conflitos em África são motivos pelas divisões tribais traçada pela fronteiras políticas, como consequência de Conferência de Berlim. Facto histórico!

A questão contextual é: Quem financia golpes de estado na África?

Os golpes de estado no Mali, Burkina Faso, Níger e outros países de África, resultantes de desvinculação com a França em particular, são exatamente “as lutas para o controlo da soberania ou apenas mudança de piões no xadrez da geopolítica” mundial e regional? Sem problema algum, apoio discursos contra as políticas exploratórias do ocidente em África, mas na verdade, os discursos dos líderes golpistas não se concordam com os anseios. Apenas compreendo “o populismo, culto da personalidade [dogma] e vitimização como modelo para tentativa de eternização e realização dos interesses externos  invisíveis. Esses líderes, particularmente  militares em África sempre têm apoio externo, que pode ser político ideológico, armamentos [militares] e financeiros. Que contrapartida! Por que, muitos regimes africanos que entrarem em colisão com ocidente caem na fatalidade?

Nenhum golpe ocorre de forma isolada em África.

Será que na realidade a Rússia quer ajudar a África ou substituir a influência ocidental?

Será que a expulsão dos militares francesas em África foi um ato de  soberania isolada? Nem pense, entenda o contexto geopolítico.

A África, sem dúvida, sempre foi o campo de batalha silenciosa das potências do Ocidente sob liderança dos Estados Unidos da América e pela França, que dominaram o continente durante décadas,  levando com que os países africanos continuem depender dos seus multinacionais que estabelecem acordos político e militar. Na atualidade, é notável a presença russa como um outro pertencente do jogo com disfarce do “libertador” dos países africanos do ocidente. O que faz Grupo Wagner – um braço armado russo não oficial no Mali, República Centro Africano e Burkina Faso com a retirada das forças francesas em muitos países do continente? Com a guerra na Ucrânia, a Rússia precisa de novos aliados, uma vez que sofre pressão da Europa e dos Estados Unidos. Neste jogo de xadrez, a África está a tornar um novo tabuleiro russo, principalmente, Burkina Faso.

Qual é o papel da China neste tabuleiro de xadrez político?

China que está presente na Guiné -Bissau em especial, no contexto global africano, a. República Popular da China está na qualidade de observador, certamente, não se envolve nas golpes, mas interessado a fazer novas amizades, desde já que os países africanos de desfazem do ocidente. Uma Guerra fria!

Anote e mais tarde chegarás a essa conclusão minha: Muitos líderes políticos e militares vão cair em África, certamente, partes do  ocidente, Rússia, China e Estados Unidos que estão numa guerra fria no continente. Lembrar-se de “padrão repetitivo” dos golpes dos Estados em África, um líder chega ao poder como salvador e acaba de ser assassinado ou deposto pelo mesmo sistema que prometeram destruir.

Passos lentos e seguros, investir na educação e formação, não é preciso mudança brutal! Pois, três fatores podem condicionar nessa associação dos golpistas: o perigo da substituição dos mestres (trocar França e EUA pela Rússia ou China, nada mudará em África), terrorismo e radicalismo violento (quem financia esses grupos?) com “financiamentos e armamento dos interesses externos” e obscuros; a África, realmente, precisa de leite  competente e que seja capaz de criar uma estrutura política e económica própria para fazer face aos desafios globais, iluminar o terrorismo e garantir a estabilidade e a paz para motivar o investimento e gestão do emprego.

 Crônica

Mamandin Indjai

Por CNEWS

02/05/2025